História da Motoniveladora

O termo motoniveladora, no inglês Motor Grader, surgiu depois que as niveladoras passaram a ser auxiliadas por motores, porém, como eram usadas principalmente para a manutenção de estradas, sendo frequentemente vistas transitando realizando manutenções, começaram a ser chamadas de Road Patrol, Patrulhas Rodoviárias, nome que por um bom tempo designou o equipamento, e no linguajar popular acabou se tornando também patrola, em alguns lugares do Brasil, por isso usando-se o termo patrolar uma estrada.
A que hoje é uma máquina completa com eletrônica, automação e computação a bordo, começou como um implemento para ser puxado por cavalos, isso foi há mais de 100 anos, quando houve a necessidade de melhoramento na manutenção das estradas para agilidade no deslocamento. Em 1885 quando Joseph D. Adams criou uma niveladora em que as rodas poderiam ser inclinadas de acordo com a vontade do operador, aumentando o apoio na direção para a qual o equipamento tendia a deslizar, curiosamente, um sistema tão eficiente que ainda é visto nas motoniveladoras atuais.
No início da década de 1890, Adams formou sua própria empresa, que fabricava uma variedade de máquinas de construção, incluindo niveladoras. Já em 1903, dois empresários, Richard Russell e C.K. Stockland, organizaram a Russell Grader Manufacturing, já que estavam envolvidos com equipamentos de manutenção de estradas, e viram a necessidade e oportunidade de fabricar suas próprias niveladoras.
Com os tratores a vapor e a gasolina se tornando mais amplamente usados na construção de estradas, principalmente após a primeira guerra mundial, substituindo em grande escala o uso de tração animal, naturalmente passaram a ser utilizados para puxar as motoniveladoras, porém, esse tipo de conjunto ainda exigia duas pessoas, uma para operar o trator e outro a niveladora. Assim, mais uma evolução ocorreria nos anos 20, a Russell Grader, utilizando-se de um trator de esteiras Allis-Chalmers, modificou-o para transforma-lo em uma motoniveladora automotora, comercializada como “Motor Hi-Way Patrol”, no slogan a marca enfatizava a vantagem de se precisar de apenas um homem para operar a máquina, outros fabricantes de tratores seguiram o exemplo, modificando os projetos dos tratores para incorporar niveladoras embutidas. Nesse ponto a história da fabricante Russel Grader se cruzaria com a Caterpillar Tractor, que havia sido formada em 1925, a Russell havia se tornado um dos principais fabricantes de motoniveladoras, e muitas delas estavam usando tratores Caterpillar, que comprou a Russell.
A Caterpillar garantia seu lugar na indústria de motoniveladoras em 1931, com seu modelo “Caterpillar Auto Patrol”, considerada a primeira motoniveladora real, pois não era adaptada de tratores, más projetada como uma única unidade, fabricada em série, esta se tornaria a base de todas as motoniveladoras subsequentes.
Após a Segunda Guerra Mundial, a demanda por motoniveladoras continuou a crescer - assim como o tamanho das próprias máquinas. À medida que os usos potenciais da máquina em indústrias como a mineração foram percebidos e ocorreu um boom na construção de superestradas, surgiu a necessidade de equipamentos muito maiores.
Na década de 1960, a Caterpillar lançou a “Motoniveladora No 16”, a maior até então, pesando 21.092 kg e com lâmina de 4,3 metros, com motor de 200 hp, transmissão power shift e diversos aperfeiçoamentos, que acabaram por ser usados nas máquinas menores No 12 e No 14, a Caterpillar e outros fabricantes continuaram refinando e melhorando seus projetos, eles também introduziram controles mecânicos de potência.
Assim havia se formado uma motoniveladora com aspecto moderno, porém em 1967, a John Deere, introduziu inovações que ainda estão presentes nos modelos atuais, o modelo JD570 foi o primeiro a ter direção por chassi articulado e funções controladas hidraulicamente, além de apresentar uma estrutura protetora contra capotamentos.
Especialmente o chassi articulado, passou a conferir à motoniveladora maior capacidade de manobra, assim como maior agilidade para os diversos trabalhos. Tal característica estrutural seria utilizado pelas outras fabricantes, com diferenças na localização da articulação.
Atualmente, a maior máquina disponível no mercado é a Cat 24H, que mede 16 metros de comprimento, largura de 4,2 m, motor Cat de 500 hp, peso de 62 ton e lâmina de 7,3 m.
Desde a década de 80 não são lançados novos conceitos, más mudanças tecnológicas e de conforto continuaram sendo empregadas, cabines vedadas com ar condicionado, motores e freios mais eficientes, introdução de panel digital, joysticks no lugar das alavancas tradicionais, e uso de GPS.

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