Cidade de Olhão

SUBSCREVA ESTE CANAL E VENHA CONHECER O ALGARVE.
A cidade de Olhão, sede do concelho de Olhão, situa-se junto à Ria Formosa.
A origem do topónimo Olhão deve-se à existência de uma nascente, ou olho de água doce, onde a população se abastecia e que devido ao seu caudal ser abundante se designava por Olhão.
Desde o séc. XIV até ao séc. XVII, Olhão era conhecido como o sítio de Olhão onde apenas existiam pequenas cabanas feitas em cana e com telhados de palha. Devido à abundância e variedade de peixe e marisco do sítio, o número de cabanas foi aumentando. Os habitantes foram proibidos de construir casas em alvenaria, aparentemente devido a razões político-administrativas da época. A construção da primeira habitação em alvenaria só foi autorizada em 1715.
A 16 de Junho de 1808, aquando da ocupação francesa do Algarve, surgiu em Olhão um espontâneo e genuíno levantamento popular contra os abusos das invasoras tropas napoleónicas. Esta revolta culminou com a expulsão dos franceses do lugar de Olhão e de todo o Algarve. A 6 de Julho de 1808 partiu de Olhão rumo ao Brasil um pequeno barco, o caíque Bom Sucesso, com 17 tripulantes, com a missão de levar à Corte da colónia, ali refugiada devido à invasão de Portugal pelos exércitos do General Soult, a novidade da expulsão dos franceses do Algarve. A referida tripulação levou uma missiva, extra-oficial, na qual estava descrita a audaciosa atitude que os olhanenses tomaram nessa revolta. Esta viagem durou cerca de 2 meses e foi um dos mais extraordinários feitos da história marítima. Sem mapas nem aparelhos de orientação, os olhanenses atravessaram o Oceano Atlântico e atracaram no Rio de Janeiro a 22 de Setembro. Como recompensa o Príncipe-Regente D. João VI concedeu ao antigo lugar de Olhão o título de Vila de Olhão da Restauração.
O desenvolvimento da actividade comercial e da indústria de conservas de peixe converteu a pequena vila de pescadores num grande centro económico, social e urbano. Consequentemente, em 1985, foi elevada à categoria de Cidade, passando a designar-se Cidade de Olhão da Restauração.
A cidade de Olhão é conhecida como a “cidade cubista”, devido à sua arquitectura, onde se verificam nítidas influências e características árabes. Trata-se de um mistério uma vez que as primeiras casas a serem construídas em Olhão datam do séc. XVII, e nesta altura os árabes já tinham perdido todo o seu domínio sobre o Algarve há cerca de 4 séculos. É possível que Olhão seja o único exemplo de uma cidade moderna com um plano urbanístico árabe, construído num local onde nunca existiu um povoado árabe. Talvez o facto dos pescadores de Olhão manterem relações comerciais com o norte de África desvende este mistério visto que quando regressavam ao Algarve traziam ideias de modelos de casas e de cidades dessas paragens.
Nesta cidade cubista predominam os cubos das casas pintadas de branco com chaminés cúbicas, platibandas decoradas com motivos geométricos, encimadas pelas famosas açoteias e mirantes; as ruas estreitas e labirínticas, e os becos sem saída. As açoteias tinham múltiplas funções, tais como secar os frutos (ex.: figos, amêndoas e alfarrobas), recolher as águas da chuva ou serviam como postos de vigia. O acesso a esta zona da casa é feito através de umas escadas que se encontram num pátio interior, também típico das casas árabes.
As ruas que contornam a Avenida da República, símbolo do urbanismo do princípio do séc. XX, apresentam a cidade dos industriais e mareantes enriquecidos pelas conservas e pelo comércio. Nesta zona, podem-se observar casas com fachadas enobrecidas com varandas, platibandas, azulejos, cantarias e ferros forjados.
A zona histórica da cidade de Olhão desenvolve-se ao longo do Bairro da Barreta e do Bairro do Levante. A origem do Bairro da Barreta remonta ao séc. XVIII, tendo sido nesta zona que se ergueram as primeiras habitações de Olhão.

Gentílico: Olhanense
Dia da Cidade de Olhão: 16 de Junho

Видео Cidade de Olhão канала Algarve Meu Algarve