CAIO Induscar - História e Evolução Completa
A CAIO, Companhia Americana Industrial de Ônibus, foi fundada em 1945, no bairro da Penha, em São Paulo, em 1946 sendo construídas 146 carrocerias, a estrutura e o piso de todas elas eram de madeira de lei, externamente revestida de chapas de aço.
Em 1949 adquiriu a recém-criada CERMAVA, fundada no Rio de Janeiro, e que permaneceria como subsidiária.
Só em 1952 a Caio produziria sua primeira carroceria totalmente metálica, com estrutura construída com perfis de aço em U, com abas, e chapeamento externo ainda em aço.
Já no ano seguinte, 1953, num ato de ousadia, a empresa apresentou um chassi de fabricação própria, um projeto sob licença da italiana Sicca, equipado com motor FNM nacional, surgindo o modelo que que ficaria conhecido como “Fita Azul”.
Curiosamente, na década de 50, surgiram os papa filas, configuração na qual o Fita Azul da CAIO foi utilizado.
Em 1960 a Caio lançou o modelo Bossa Nova, também projetou um modelo rodoviário, o Papa-Léguas, produzido a pedido do Expresso Brasileiro.
Em 1963 foi lançada a linha Jaraguá, seu novo modelo urbano, com maior área envidraçada e estilo mais leve, bastante modernizado com relação ao anterior.
Em 1966, apresentou o Gaivota, criado na tentativa de ocupar uma fatia mais significativa no rentável mercado de ônibus rodoviários do país, dominado pela Ciferal e Eliziário, e com crescente ocupação pela Nicola e Nielson.
Foram anos de bons resultados para a CAIO, más o final da década foi de crise para o setor, várias pequenas fabricantes faliram, a CAIO foi uma das menos afetadas, mas para enfrentar a crise utilizou-se de exportações, e em 1970 apresentou uma carroceria rodoviária mais simples, com teto em dois níveis, chamada Cascavel.
No início da década de 70 a CAIO alcançava o posto de maior indústria de carrocerias da América Latina, em comemoração aos 25 anos lançou o rodoviário Jubileu 25.
A Caio foi a primeira firma brasileira a preparar furgões e micro-ônibus para os recém-lançados caminhões leves Mercedes-Benz L-608, em 1972, e a partir de 74 os micros ganhariam desenho próprio da Caio, passando a chamar-se Carolina.
Em 1974 a Caio renovou a linha de ônibus urbanos lançando mais uma carroceria de grande sucesso, o Gabriela. Também em 1976 foi apresentado o Corcovado, com a primeira carroçaria CAIO com estrutura em duralumínio, tecnologia absorvida a partir da aquisição da Metropolitana.
Em 1977 haveria mais um lançamento, o Itaipu, originado do Gabriela.
A linha urbana Gabriela foi substituída pelo modelo Amélia, mais um produto de extremo sucesso, com estrutura em aço ou alumínio, e com base na estrutura da carroceria Gabriela, lançou um rodoviário com linhas quadradas e acabamento mais simples, o Aritana.
Em 1982 a demanda externa sofreu drástica redução, agravando a recessão do mercado interno, que já vinha de mais de dois anos, agravando a crise, foi provisoriamente suspensa a produção na Caio-Norte e, em São Paulo, mais de 900 empregados foram demitidos, levando a greves e mais crises, culminando no fechamento da fábrica de São Paulo, demitindo todos seus 450 operários e transferindo o restante da produção para Botucatu.
Em 1985 a Caio voltou a insistir no mercado rodoviário, lançando o moderno Squalo, construído em duralumínio e montado sobre plataforma Mercedes-Benz 0-364 de 13,0 m, em 4 anos apenas 10 unidades seriam vendidas.
E 1993 a Caio assinou um joint-venture com a Mercedes-Benz alemã visando a construção de fábrica conjunta em Monterrey, no México, e para América do Norte, começou a desenvolver dois novos produtos: o rodoviário Monterrey, e o Beta. No Brasil, novamente foram apresentados dois lançamentos, o micro Carolina V, com linhas totalmente novas, e antecipando-se à concorrência, o ônibus escolar Mobile, sobre chassi Ford F-12000, carroceria montada também sobre o Mercedes-Benz 1214, com o nome Taguá.
Em dezembro de 1995 foi apresentado o urbano Alpha, em substituição ao Vitória, no último trimestre de 1997 a empresa assinou uma joint-venture com a espanhola Irizar para a fabricação, sob licença, de suas carrocerias rodoviárias no Brasil, o protótipo do Century, foi o primeiro produto dessa associação.
A Caio promoveu três lançamentos em 1998: o micro Piccolo, Piccolino, e o urbano Millennium, más a crise na CAIO não havia acabado, em maio de 1999 a empresa requereu concordata, em meio às dificuldades lançou o urbano Apache S21 em substituição do Alpha.
Em dezembro de 2000 a Caio teve a falência decretada, a Justiça autorizou o arrendamento da massa falida, assumida, em janeiro de 2001, pela INDUSCAR.
CONTATO do Canal: qravolantao@gmail.com.br
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Em 1949 adquiriu a recém-criada CERMAVA, fundada no Rio de Janeiro, e que permaneceria como subsidiária.
Só em 1952 a Caio produziria sua primeira carroceria totalmente metálica, com estrutura construída com perfis de aço em U, com abas, e chapeamento externo ainda em aço.
Já no ano seguinte, 1953, num ato de ousadia, a empresa apresentou um chassi de fabricação própria, um projeto sob licença da italiana Sicca, equipado com motor FNM nacional, surgindo o modelo que que ficaria conhecido como “Fita Azul”.
Curiosamente, na década de 50, surgiram os papa filas, configuração na qual o Fita Azul da CAIO foi utilizado.
Em 1960 a Caio lançou o modelo Bossa Nova, também projetou um modelo rodoviário, o Papa-Léguas, produzido a pedido do Expresso Brasileiro.
Em 1963 foi lançada a linha Jaraguá, seu novo modelo urbano, com maior área envidraçada e estilo mais leve, bastante modernizado com relação ao anterior.
Em 1966, apresentou o Gaivota, criado na tentativa de ocupar uma fatia mais significativa no rentável mercado de ônibus rodoviários do país, dominado pela Ciferal e Eliziário, e com crescente ocupação pela Nicola e Nielson.
Foram anos de bons resultados para a CAIO, más o final da década foi de crise para o setor, várias pequenas fabricantes faliram, a CAIO foi uma das menos afetadas, mas para enfrentar a crise utilizou-se de exportações, e em 1970 apresentou uma carroceria rodoviária mais simples, com teto em dois níveis, chamada Cascavel.
No início da década de 70 a CAIO alcançava o posto de maior indústria de carrocerias da América Latina, em comemoração aos 25 anos lançou o rodoviário Jubileu 25.
A Caio foi a primeira firma brasileira a preparar furgões e micro-ônibus para os recém-lançados caminhões leves Mercedes-Benz L-608, em 1972, e a partir de 74 os micros ganhariam desenho próprio da Caio, passando a chamar-se Carolina.
Em 1974 a Caio renovou a linha de ônibus urbanos lançando mais uma carroceria de grande sucesso, o Gabriela. Também em 1976 foi apresentado o Corcovado, com a primeira carroçaria CAIO com estrutura em duralumínio, tecnologia absorvida a partir da aquisição da Metropolitana.
Em 1977 haveria mais um lançamento, o Itaipu, originado do Gabriela.
A linha urbana Gabriela foi substituída pelo modelo Amélia, mais um produto de extremo sucesso, com estrutura em aço ou alumínio, e com base na estrutura da carroceria Gabriela, lançou um rodoviário com linhas quadradas e acabamento mais simples, o Aritana.
Em 1982 a demanda externa sofreu drástica redução, agravando a recessão do mercado interno, que já vinha de mais de dois anos, agravando a crise, foi provisoriamente suspensa a produção na Caio-Norte e, em São Paulo, mais de 900 empregados foram demitidos, levando a greves e mais crises, culminando no fechamento da fábrica de São Paulo, demitindo todos seus 450 operários e transferindo o restante da produção para Botucatu.
Em 1985 a Caio voltou a insistir no mercado rodoviário, lançando o moderno Squalo, construído em duralumínio e montado sobre plataforma Mercedes-Benz 0-364 de 13,0 m, em 4 anos apenas 10 unidades seriam vendidas.
E 1993 a Caio assinou um joint-venture com a Mercedes-Benz alemã visando a construção de fábrica conjunta em Monterrey, no México, e para América do Norte, começou a desenvolver dois novos produtos: o rodoviário Monterrey, e o Beta. No Brasil, novamente foram apresentados dois lançamentos, o micro Carolina V, com linhas totalmente novas, e antecipando-se à concorrência, o ônibus escolar Mobile, sobre chassi Ford F-12000, carroceria montada também sobre o Mercedes-Benz 1214, com o nome Taguá.
Em dezembro de 1995 foi apresentado o urbano Alpha, em substituição ao Vitória, no último trimestre de 1997 a empresa assinou uma joint-venture com a espanhola Irizar para a fabricação, sob licença, de suas carrocerias rodoviárias no Brasil, o protótipo do Century, foi o primeiro produto dessa associação.
A Caio promoveu três lançamentos em 1998: o micro Piccolo, Piccolino, e o urbano Millennium, más a crise na CAIO não havia acabado, em maio de 1999 a empresa requereu concordata, em meio às dificuldades lançou o urbano Apache S21 em substituição do Alpha.
Em dezembro de 2000 a Caio teve a falência decretada, a Justiça autorizou o arrendamento da massa falida, assumida, em janeiro de 2001, pela INDUSCAR.
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