História do Caminhão Chevrolet D 40
O Caminhão Chevrolet D-40, foi o único leve com a marca Chevrolet, pois até 1985 a marca não tinha um caminhão leve, para concorrer por exemplo com Dodge D400 (1967), MB-L608 (1972), e Ford F-4000 (1975).
O ano era 1985, quando a D-40 foi lançada pela Chevrolet, juntamente com suas irmãs a gasolina e a álcool, esse foi um ano de grande renovação dos veículos comerciais da marca, todos com novos design desenhados no Brasil, os antigos caminhões D60 D70 por exemplo, davam lugar aos novos modelos com nomenclatura representando o PBT, a famosa picape D10 dava lugar a D20, que seria um dos maiores ícones da marca e do brasil quando se fala em picapes grandes.
Mesmo assim, a participação da Chevrolet no mercado de caminhões estava caindo, os novos leves lançados, na verdade os primeiros da marca, eram os A-40, C-40 e D-40, assim como o Ford F-4000 era uma versão caminhão leve da Picape F-1000, a D-40 era a versão caminhão leve da D-20, com a qual compartilhava a mesma cabine, que também era usada nos caminhões médios.
A série de leves 40, chegava com câmbio manual Clark de 5 marchas, ainda herdou a opção a gasolina, e ganhou a nova tendência do álcool, formando assim os raros modelos A-40 e C-40, o motor era um já conhecido Chevrolet usado na linha de caminhões médios, o GM 292, de 6 cilindros em linha, 4,8 litros, com carburador de corpo duplo, na versão a álcool gerava 34,7kgfm de torque e 130cv, e a gasolina 32kgfm de torque e 148cv, modelos bastante raros.
A opção mais aceita, é claro, a D-40, a diferença era o uso do motor a diesel igual ao da picape D-20, que por sua vez havia recebido da D-10 que era o Perkins modelo 4.236, já renomeados de Q20B, de quatro cilindros em linha, aspirado, de 3.9 litros (3871cm3), dotado de bomba injetora, gerava uma potência de 90cv e 28,1kgfm de torque (28.1KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM).
A série 40 tinha peso bruto total de 4 toneladas, recebeu suspensão na dianteira Independente por braços duplos triangulares com molas helicoidais, e na traseira eixo rígido com feixe de molas, algo que só veríamos no país, nos sucessores da GMC e na nova geração dos Volkswagen Delivery. Os freios eram a discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, e havia opção de direção hidráulica.
O Curioso que nessa época, o C-40 era o único caminhão leve á gasolina disponível no mercado, e o C-40, ao lado da raríssima versão a álcool do Mercedes L608, nomeado de L610, era o único á álcool, as próprias picapes C20 e A20, mais leves e como motor de menor volume, já sofriam com o consumo elevado e baixa autonomia, no leve de 4 toneladas essas opções de combustíveis eram bem mais inviáveis, assim, em 1989, os motores seis cilindros á gasolina e a álcool deram adeus, retirando de linha os A40 e C40, ficando apenas o D-40.
Em março de 1992 o D-40 recebeu uma nova grade dianteira, más a principal mudança foi na motorização, passou a receber o motor Maxion S4, um 4.0 de 4 cilindros, que aspirado gerava 27.5KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM, e estreava também em versão turbo, o S4T, pela primeira vez um turbo nos caminhões da GM brasileira, com isso gerava 38.2KGFM a 1600RPM e 120CV a 2600RPM, mesmo motor que passou a equipar também as D-20.
A D-40, mesmo sendo um bom caminhão, com seus atributos, não chegou a ameaçar a hegemonia que a veterana Ford F-4000 tinha mercado, a Chevrolet estava sofrendo no mercado de caminhões a algum tempo, então, planejando reduzir custos e investir na montagem de automóveis, transferiu para a Argentina a montagem da clássica D-20, Já o D-40, se tornou Chevrolet 6000, além do nome, trouxe novo parachoque, e a grade e os faróis iguais ao que a D-20 havia recebido, o motor era o mesmo Maxion S4 aspirado, e a versão turbo teve leve melhoria, o Maxion S4T plus, que passou a gerar 46.5KGFM a 1600RPM e 150CV a 2800RPM, se tornando nada menos que o caminhão leve mais potente do país no lançamento, nessa época o Mercedes Bens L914, com motor turbo e intercooler tinha 136cv.
Pouco tempo depois, em 1995, a Chevrolet encerraria definitivamente a fabricação de sua linha de caminhões no Brasil, com isso, o 6000 também se despedia, porém, assim como a D-20 teve a produção transferida para a Argentina, onde além de ser renomeado, recebia a nova frente igual a da Silverado, e bandeira da GMC, chegando ao Brasil como GMC 6-100, com mesma motorização Maxion, S4 aspirado, e 6-150, com motorização MWM Sprint com turbo e interccoler, caminhões que, assim como as outras tentativas da GM de trazer modelos Isuzu e Kodiac com bandeira GMC, não tiveram sucesso no mercado.
Dessa forma, o D-40 não foi o único caminhão leve da GM, mas foi o único a levar a marca Chevrolet durante um certo período, e sem dúvida o único que teve relativo sucesso no Brasil.
CONTATO do Canal: qravolantao@qravolantao.com.br
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O ano era 1985, quando a D-40 foi lançada pela Chevrolet, juntamente com suas irmãs a gasolina e a álcool, esse foi um ano de grande renovação dos veículos comerciais da marca, todos com novos design desenhados no Brasil, os antigos caminhões D60 D70 por exemplo, davam lugar aos novos modelos com nomenclatura representando o PBT, a famosa picape D10 dava lugar a D20, que seria um dos maiores ícones da marca e do brasil quando se fala em picapes grandes.
Mesmo assim, a participação da Chevrolet no mercado de caminhões estava caindo, os novos leves lançados, na verdade os primeiros da marca, eram os A-40, C-40 e D-40, assim como o Ford F-4000 era uma versão caminhão leve da Picape F-1000, a D-40 era a versão caminhão leve da D-20, com a qual compartilhava a mesma cabine, que também era usada nos caminhões médios.
A série de leves 40, chegava com câmbio manual Clark de 5 marchas, ainda herdou a opção a gasolina, e ganhou a nova tendência do álcool, formando assim os raros modelos A-40 e C-40, o motor era um já conhecido Chevrolet usado na linha de caminhões médios, o GM 292, de 6 cilindros em linha, 4,8 litros, com carburador de corpo duplo, na versão a álcool gerava 34,7kgfm de torque e 130cv, e a gasolina 32kgfm de torque e 148cv, modelos bastante raros.
A opção mais aceita, é claro, a D-40, a diferença era o uso do motor a diesel igual ao da picape D-20, que por sua vez havia recebido da D-10 que era o Perkins modelo 4.236, já renomeados de Q20B, de quatro cilindros em linha, aspirado, de 3.9 litros (3871cm3), dotado de bomba injetora, gerava uma potência de 90cv e 28,1kgfm de torque (28.1KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM).
A série 40 tinha peso bruto total de 4 toneladas, recebeu suspensão na dianteira Independente por braços duplos triangulares com molas helicoidais, e na traseira eixo rígido com feixe de molas, algo que só veríamos no país, nos sucessores da GMC e na nova geração dos Volkswagen Delivery. Os freios eram a discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, e havia opção de direção hidráulica.
O Curioso que nessa época, o C-40 era o único caminhão leve á gasolina disponível no mercado, e o C-40, ao lado da raríssima versão a álcool do Mercedes L608, nomeado de L610, era o único á álcool, as próprias picapes C20 e A20, mais leves e como motor de menor volume, já sofriam com o consumo elevado e baixa autonomia, no leve de 4 toneladas essas opções de combustíveis eram bem mais inviáveis, assim, em 1989, os motores seis cilindros á gasolina e a álcool deram adeus, retirando de linha os A40 e C40, ficando apenas o D-40.
Em março de 1992 o D-40 recebeu uma nova grade dianteira, más a principal mudança foi na motorização, passou a receber o motor Maxion S4, um 4.0 de 4 cilindros, que aspirado gerava 27.5KGFM a 1600RPM e 90CV a 2800RPM, e estreava também em versão turbo, o S4T, pela primeira vez um turbo nos caminhões da GM brasileira, com isso gerava 38.2KGFM a 1600RPM e 120CV a 2600RPM, mesmo motor que passou a equipar também as D-20.
A D-40, mesmo sendo um bom caminhão, com seus atributos, não chegou a ameaçar a hegemonia que a veterana Ford F-4000 tinha mercado, a Chevrolet estava sofrendo no mercado de caminhões a algum tempo, então, planejando reduzir custos e investir na montagem de automóveis, transferiu para a Argentina a montagem da clássica D-20, Já o D-40, se tornou Chevrolet 6000, além do nome, trouxe novo parachoque, e a grade e os faróis iguais ao que a D-20 havia recebido, o motor era o mesmo Maxion S4 aspirado, e a versão turbo teve leve melhoria, o Maxion S4T plus, que passou a gerar 46.5KGFM a 1600RPM e 150CV a 2800RPM, se tornando nada menos que o caminhão leve mais potente do país no lançamento, nessa época o Mercedes Bens L914, com motor turbo e intercooler tinha 136cv.
Pouco tempo depois, em 1995, a Chevrolet encerraria definitivamente a fabricação de sua linha de caminhões no Brasil, com isso, o 6000 também se despedia, porém, assim como a D-20 teve a produção transferida para a Argentina, onde além de ser renomeado, recebia a nova frente igual a da Silverado, e bandeira da GMC, chegando ao Brasil como GMC 6-100, com mesma motorização Maxion, S4 aspirado, e 6-150, com motorização MWM Sprint com turbo e interccoler, caminhões que, assim como as outras tentativas da GM de trazer modelos Isuzu e Kodiac com bandeira GMC, não tiveram sucesso no mercado.
Dessa forma, o D-40 não foi o único caminhão leve da GM, mas foi o único a levar a marca Chevrolet durante um certo período, e sem dúvida o único que teve relativo sucesso no Brasil.
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