Nilson Carvalho o Colunista: Cadê a Cultura de Camaçari?
Hoje, ao fazer uma postagem no Jornal Papo de Artista Bahia, com o título “Cadê Salvador?
Uma lista aponta 10 cidades mais influentes do Brasil”, uma pergunta ficou ecoando em minha mente: e Camaçari? O que há de errado com a nossa cidade, que é rica em cultura, mas parece não conseguir reconhecer e valorizar os seus próprios artistas? Camaçari tem se tornado um exemplo de invisibilidade cultural dentro do próprio estado da Bahia, e talvez do Brasil. Uma cidade que, apesar de sua grande importância econômica e sua proximidade com Salvador, ainda se vê à margem quando se trata de políticas públicas para a arte e a cultura.
Hoje, ao olhar para a realidade dos artistas da nossa cidade, me deparo com um paradoxo inquietante. Conheço muitos artistas talentosos, mestres da arte, que, apesar de sua sensibilidade e competência, permanecem no anonimato. Por que isso ocorre? Será que o verdadeiro problema está em nossa cidade não saber reconhecer o valor dos seus próprios filhos? O que falta para que a cultura local seja tratada com a seriedade e o respeito que merece?
A questão parece ser complexa, mas a resposta pode ser mais simples do que imaginamos: falta uma política pública sólida e eficaz para a cultura. Somos constantemente esquecidos, sem apoio, sem uma rede que incentive nossa expressão artística e valorize nossa identidade. Mesmo com uma ministra da Cultura baiana, o que vemos é um abismo entre os artistas da Bahia e os recursos destinados à sua valorização. Porque então, se a Bahia é reconhecida internacionalmente por sua cultura e porque nossa cidade ainda está estagnada, lutando para ganhar visibilidade dentro do próprio estado?
Ao olhar para os artistas de Camaçari, vejo um reflexo da desigualdade e da invisibilidade que assola muitas regiões periféricas. O talento de nossos artistas é evidente, mas o reconhecimento, o apoio e o espaço são escassos. E, assim, muitas vezes somos mais reconhecidos fora do nosso próprio lar. A ironia é dolorosa: enquanto nossos trabalhos se destacam em outros estados ou até fora do Brasil, contudo dentro de casa somos ignorados, desvalorizados e, por vezes, até vistos como "desconhecidos".
Será que a razão para isso é política? Ou será que estamos lidando com preconceito? Talvez seja uma combinação de ambos. Existe uma tendência a desconsiderar o valor cultural de cidades que, apesar de sua riqueza artística, ainda não têm uma presença significativa nas grandes esferas culturais. Camaçari, por sua vez, não é uma exceção. Existe uma ausência de uma agenda cultural estruturada, que promova, apoie e celebre seus artistas de forma contínua e visível. O que precisamos não é apenas de eventos esporádicos, mas de uma política pública que envolva a cultura de forma permanente, com investimentos regulares e projetos que tragam a arte para o cotidiano da população.
Infelizmente, a história de muitos artistas de Camaçari é marcada pelo anonimato, até que, muitas vezes, partem e deixam um legado imortal. A pergunta que fica é: seremos lembrados quando partirmos? Ou será que o silêncio continuará a apagar a memória de quem tanto contribuiu para a cultura local? Quando seremos verdadeiramente reconhecidos? Quando Camaçari finalmente entenderá o valor que sua arte tem, não apenas para o estado da Bahia, mas para o Brasil e o mundo?
Nosso legado não deve ser apenas reconhecido após a partida, mas sim celebrado enquanto vivermos. Não queremos ser lembrados apenas como parte da história, mas como protagonistas desse contexto atual, como os artistas e criadores que hoje, com muito esforço e pouco reconhecimento, lutam para dar vida à cultura de nossa cidade.
E é por isso que nossa luta é, acima de tudo, por reconhecimento e dignidade. A cultura é um dos maiores legados que podemos deixar para as futuras gerações. Se nossa cidade, se nossa gente não nos apoiar, será que a memória de nossa arte será apagada, ou será que ela continuará a brilhar, como sempre deveria, nos corações e mentes de quem a aprecia e respeita?
Camaçari, é hora de valorizar o que é nosso. A arte, a cultura e os artistas merecem mais do que o silêncio. Precisamos ser ouvidos, respeitados e reconhecidos. Para que o legado que deixarmos não seja uma sombra apagada, mas uma chama acesa que ilumina o futuro.
#CadêCamaçariNaCultura?
Fotos: Galeria Nilson Carvalho (Conselheiro de Cultura)
Texto: Jornalista, Artista Plástico, Nilson Carvalho
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Uma lista aponta 10 cidades mais influentes do Brasil”, uma pergunta ficou ecoando em minha mente: e Camaçari? O que há de errado com a nossa cidade, que é rica em cultura, mas parece não conseguir reconhecer e valorizar os seus próprios artistas? Camaçari tem se tornado um exemplo de invisibilidade cultural dentro do próprio estado da Bahia, e talvez do Brasil. Uma cidade que, apesar de sua grande importância econômica e sua proximidade com Salvador, ainda se vê à margem quando se trata de políticas públicas para a arte e a cultura.
Hoje, ao olhar para a realidade dos artistas da nossa cidade, me deparo com um paradoxo inquietante. Conheço muitos artistas talentosos, mestres da arte, que, apesar de sua sensibilidade e competência, permanecem no anonimato. Por que isso ocorre? Será que o verdadeiro problema está em nossa cidade não saber reconhecer o valor dos seus próprios filhos? O que falta para que a cultura local seja tratada com a seriedade e o respeito que merece?
A questão parece ser complexa, mas a resposta pode ser mais simples do que imaginamos: falta uma política pública sólida e eficaz para a cultura. Somos constantemente esquecidos, sem apoio, sem uma rede que incentive nossa expressão artística e valorize nossa identidade. Mesmo com uma ministra da Cultura baiana, o que vemos é um abismo entre os artistas da Bahia e os recursos destinados à sua valorização. Porque então, se a Bahia é reconhecida internacionalmente por sua cultura e porque nossa cidade ainda está estagnada, lutando para ganhar visibilidade dentro do próprio estado?
Ao olhar para os artistas de Camaçari, vejo um reflexo da desigualdade e da invisibilidade que assola muitas regiões periféricas. O talento de nossos artistas é evidente, mas o reconhecimento, o apoio e o espaço são escassos. E, assim, muitas vezes somos mais reconhecidos fora do nosso próprio lar. A ironia é dolorosa: enquanto nossos trabalhos se destacam em outros estados ou até fora do Brasil, contudo dentro de casa somos ignorados, desvalorizados e, por vezes, até vistos como "desconhecidos".
Será que a razão para isso é política? Ou será que estamos lidando com preconceito? Talvez seja uma combinação de ambos. Existe uma tendência a desconsiderar o valor cultural de cidades que, apesar de sua riqueza artística, ainda não têm uma presença significativa nas grandes esferas culturais. Camaçari, por sua vez, não é uma exceção. Existe uma ausência de uma agenda cultural estruturada, que promova, apoie e celebre seus artistas de forma contínua e visível. O que precisamos não é apenas de eventos esporádicos, mas de uma política pública que envolva a cultura de forma permanente, com investimentos regulares e projetos que tragam a arte para o cotidiano da população.
Infelizmente, a história de muitos artistas de Camaçari é marcada pelo anonimato, até que, muitas vezes, partem e deixam um legado imortal. A pergunta que fica é: seremos lembrados quando partirmos? Ou será que o silêncio continuará a apagar a memória de quem tanto contribuiu para a cultura local? Quando seremos verdadeiramente reconhecidos? Quando Camaçari finalmente entenderá o valor que sua arte tem, não apenas para o estado da Bahia, mas para o Brasil e o mundo?
Nosso legado não deve ser apenas reconhecido após a partida, mas sim celebrado enquanto vivermos. Não queremos ser lembrados apenas como parte da história, mas como protagonistas desse contexto atual, como os artistas e criadores que hoje, com muito esforço e pouco reconhecimento, lutam para dar vida à cultura de nossa cidade.
E é por isso que nossa luta é, acima de tudo, por reconhecimento e dignidade. A cultura é um dos maiores legados que podemos deixar para as futuras gerações. Se nossa cidade, se nossa gente não nos apoiar, será que a memória de nossa arte será apagada, ou será que ela continuará a brilhar, como sempre deveria, nos corações e mentes de quem a aprecia e respeita?
Camaçari, é hora de valorizar o que é nosso. A arte, a cultura e os artistas merecem mais do que o silêncio. Precisamos ser ouvidos, respeitados e reconhecidos. Para que o legado que deixarmos não seja uma sombra apagada, mas uma chama acesa que ilumina o futuro.
#CadêCamaçariNaCultura?
Fotos: Galeria Nilson Carvalho (Conselheiro de Cultura)
Texto: Jornalista, Artista Plástico, Nilson Carvalho
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27 марта 2025 г. 18:47:09
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