Na igreja do padre Júlio, centro de humanização e acolhimento dos feridos sociais.

Em viagem rápida a Sampa, fomos ao Capão Redondo pra um evento no 1daSul, ao Brás buscar uma garra pra impressão e aproveitamos pra passar na igreja do padre Júlio Lancelotti, de são Miguel Arcanjo, onde ele distribui café da manhã todo dia, além de distribuir também um monte de outras coisas, sapatos, casacos, cobertores, cuecas, calcinhas, tudo o que recebe de pessoas solidárias e sensíveis às feridas sociais onde se vê miséria, abandono e crueldade da própria sociedade. O lugar comum da insensibilidade é odiar e repelir os mais pobres - pessoas roubadas nos seus direitos humanos, básicos e CONSTITUCIONAIS. Daí o surgimento de idéias perversas ("dar comida é o que faz as pessoas ficarem na rua", "pobre é pobre porque não se esforça" e outras calamidades ideológicas). O Estado é estruturado pelos "de cima" pra cometer crimes contra a sua população cotidianamente. E roubar do povo pra dar aos podres de ricos, de mão beijada e abanando o rabinho. Perceber isso dá trabalho, exige disposição, humildade e apego à verdade. Mas é o primeiro passo pra superar essa vergonha.
"Dai pão a quem tem fome e fome de justiça a quem tem pão".

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