Загрузка страницы

Castelo Forte — Martinho Lutero (1521)

O hino da Reforma Protestante — Castelo Forte.

O hino Ein feste Burg ist unser Gott (“Castelo Forte” ou “Fortaleza Poderosa”) é um dos mais importantes hinos da história do Cristianismo. Composto por Martinho Lutero, foi considerado pelo poeta romântico alemão, conhecido como “o último dos românticos” Christian Johann Heirich Heine (Düsseldorf – 1797 — 1856) como a “Marselhesa da Reforma”, numa alusão ao hino nacional francês.

A história da canção “Castelo Forte” de Martinho Lutero.

Segundo Heine, esse foi composto por Lutero por volta de 1521, por ocasião de sua convocação para a Dieta de Worms. Essa assembleia foi convocada pelo imperador alemão Carlos V para os dias 27 de janeiro a 25 de maio de 1521 e, dentre outros assuntos, trataria da polêmica em torno dos ensinos do reformador.

Havia o perigo de que Lutero fosse condenado após a Dieta, e acabasse na fogueira como John Huss cerca de cem anos antes. Na preparação para a assembleia, Lutero, autor de trinta e sete hinos, teria composto “Castelo Forte”, baseado no Salmos 46, que se inicia assim: — “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza”.

Conta-se que Lutero cantou este hino quando avistou as torres das Igrejas em Worms, também em 1523, quando soube que dois jovens haviam sido queimados em Bruxelas por seguirem doutrinas da Reforma Protestante; e em 16 de agosto de 1527, ao saber da execução do seu amigo Leonhard Kaiser.

O ministro protestante suíço Jean-Henri Merle d’Aubigné diz: — Foi cantado pelos príncipes luteranos alemães, quando entraram em Augsburg para a Dieta em 1530, na qual a Confissão de Augsburgo foi apresentada; e a opinião de que foi composto em conexão com a Dieta de Speyer (1529), na qual os príncipes luteranos alemães apresentaram o seu “protesto” ao Imperador Carlos V, que queria reforçar o seu Édito de Worms (1521).

O mais antigo hinário existente, em que este hino aparece, é o de Andrew Rauscher (1531), mas é provável que ele figurasse no hinário de Wittenberg, de Joseph Klug, de 1529, do qual não existe cópia. Seu título era “Der XXXXVI Psalm” (“O Salmos 46”). “Deus noster refugium et virtus – Deus é o nosso refúgio e fortaleza”. Antes disso é provável que tenha figurado no Hinário de Wittenberg, de Hans Weiss de 1528, também extraviado. Esta evidência reforça a idéia de que fora escrito entre 1527 e 1529, já que os hinos de Lutero eram impressos imediatamente após serem escritos.

A qualidade musical de “Castelo Forte” é atestada pelo uso que se fez da obra no decurso da história. John Sebastian Bach (1685 – 1750) a usou para criar a sua cantata em homenagem à Reforma. Por sua vez, o compositor Felix Mendelssohn (1809 – 1847) usou o hino na Sinfonia nº 5, intitulada: — A Reforma, considerada por alguns como uma obra-prima. Outros músicos importantes como Giacomo Meyerbeer (1791 – 1864), Wagner (1813 – 1883) e Strauss (1864 – 1949) também utilizaram o hino de Lutero em suas composições. Na ópera “Os Huguenotes” de Giacomo Meyerbeer, é utilizada diversas vezes como Leitmotiv. É também citada na ópera “Friedenstag”, de Richard Strauss.

No Brasil, hino foi introduzido no hinário batista “Cantor Cristão”, hino 523, e posteriormente no hinário utilizado pelas Assembleias de Deus “Harpa Cristã”, hino 581. Foi também gravado pelo grupo Vencedores por Cristo, no álbum “Louvor VIII”.

— Pr. Plínio Sousa.
Site — https://santoevangelho.com.br/
Loja Virtual Santo Evangelho — https://lojairse.com.br/

Referências:

[1] – Commission on Worship of the Lutheran Church–Missouri Synod. Lutheran Worship. St. Louis: Concordia Publishing House, 1982. ISBN
[2] – Julian, John, ed. A Dictionary of Hymnology: Setting forth the Origin and History of Christian Hymns of all Ages and Nations. Second revised edition. 2 vols. n.p., 1907. Reprint, New York: Dover Publications, Inc., 1957.
[3] – Pelikan, Jaroslav and Lehmann, Helmut, eds. Luther's Works. Vol. 53, Liturgy and Hymns. St. Louis, Concordia Publishing House, 1965. ISBN 0–8006–0353–2.
[4] – Polack, W.G. The Handbook to the Lutheran Hymnal. St. Louis: Concordia Publishing House, 1942.
[5] – Rochrich, E. Les Origines du Choral Luthérien. Paris: Librairie Fischbacher, 1906.
Stulken, Marilyn Kay. Hymnal Companion to the Lutheran Book of Worship. Philadelphia: Fortress Press, 1981.

Видео Castelo Forte — Martinho Lutero (1521) канала Instituto Reformado Santo Evangelho
Показать
Комментарии отсутствуют
Введите заголовок:

Введите адрес ссылки:

Введите адрес видео с YouTube:

Зарегистрируйтесь или войдите с
Информация о видео
28 мая 2018 г. 1:32:58
00:04:02
Яндекс.Метрика