A introdução do direito de voto para as mulheres no mundo
Em 7 de fevereiro a Suíça comemora o 50º aniversário do direito de voto para as mulheres. Ela foi um dos últimos países a aprová-lo antes de apenas outros 22.
O direito de voto está intimamente ligado à propriedade desde o início da democracia. Como durante muito tempo as mulheres não possuíam suas terras, não podiam votar ou ser votadas. Somente no final do século 19 é que vários territórios e países começaram a tornar esse direito universal.
A Nova Zelândia foi o primeiro país independente a introduzir o sufrágio feminino em 1893. Nele, as indígenas Maori já eram proprietárias das suas terras. Outro país que adotou esse princípio foi a Finlândia, onde homens e mulheres obtiveram simultaneamente o direito de voto em 1906.
Guerra como catalisador
Duas grandes tragédias impulsionaram o sufrágio feminino na Europa. As mortes de milhares de soldados em conflitos como a I e a II Guerra Mundial deram às mulheres a responsabilidade de participar da reconstrução dos países.
A historiadora Leslie Hume conta, em seu livro dedicado à história do sufrágio feminino, que "o voto foi muito mais que uma simples recompensa pelo trabalho durante e após a guerra. A atuação das mulheres ajudou a dissipar os receios da sua entrada na vida pública."
Após 1945, poucos países ainda não permitiam que as mulheres votassem, dentre eles a Suíça, onde diversas iniciativas - em 1886 e 1929 - foram rejeitadas pelo governo.
Homens aprovam o sufrágio feminino
A questão do direito de voto das mulheres foi levada à plebiscito pela primeira vez em 1959, mas foi rejeitado pelo eleitorado, formado apenas por homens. Finalmente, em 1971, a proposta foi aprovada. Afinal, era a condição para que a Suíça pudesse aderir à Convenção Europeia de Direitos Humanos. Nesse ano. dois terços da população masculina votaram a favor da concessão do direito de voto às mulheres em nível nacional.
No entanto, foram necessárias mais duas décadas para que todos os 26 cantões suíços permitissem o voto feminino nas votações regionais.
Na Arábia Saudita, a situação é diferente: o país governado por uma monarquia absoluta não permite eleições nacionais. O sufrágio feminino, introduzido em 2015, só se aplica ao nível local.
Esse é mesmo caso do único país do mundo que não reconhece o direito de voto: o Estado da Cidade do Vaticano, onde parlamentares são nomeados pelo Papa.
Adaptação: Alexander Thoele
Видео A introdução do direito de voto para as mulheres no mundo канала SWI swissinfo.ch - Português
O direito de voto está intimamente ligado à propriedade desde o início da democracia. Como durante muito tempo as mulheres não possuíam suas terras, não podiam votar ou ser votadas. Somente no final do século 19 é que vários territórios e países começaram a tornar esse direito universal.
A Nova Zelândia foi o primeiro país independente a introduzir o sufrágio feminino em 1893. Nele, as indígenas Maori já eram proprietárias das suas terras. Outro país que adotou esse princípio foi a Finlândia, onde homens e mulheres obtiveram simultaneamente o direito de voto em 1906.
Guerra como catalisador
Duas grandes tragédias impulsionaram o sufrágio feminino na Europa. As mortes de milhares de soldados em conflitos como a I e a II Guerra Mundial deram às mulheres a responsabilidade de participar da reconstrução dos países.
A historiadora Leslie Hume conta, em seu livro dedicado à história do sufrágio feminino, que "o voto foi muito mais que uma simples recompensa pelo trabalho durante e após a guerra. A atuação das mulheres ajudou a dissipar os receios da sua entrada na vida pública."
Após 1945, poucos países ainda não permitiam que as mulheres votassem, dentre eles a Suíça, onde diversas iniciativas - em 1886 e 1929 - foram rejeitadas pelo governo.
Homens aprovam o sufrágio feminino
A questão do direito de voto das mulheres foi levada à plebiscito pela primeira vez em 1959, mas foi rejeitado pelo eleitorado, formado apenas por homens. Finalmente, em 1971, a proposta foi aprovada. Afinal, era a condição para que a Suíça pudesse aderir à Convenção Europeia de Direitos Humanos. Nesse ano. dois terços da população masculina votaram a favor da concessão do direito de voto às mulheres em nível nacional.
No entanto, foram necessárias mais duas décadas para que todos os 26 cantões suíços permitissem o voto feminino nas votações regionais.
Na Arábia Saudita, a situação é diferente: o país governado por uma monarquia absoluta não permite eleições nacionais. O sufrágio feminino, introduzido em 2015, só se aplica ao nível local.
Esse é mesmo caso do único país do mundo que não reconhece o direito de voto: o Estado da Cidade do Vaticano, onde parlamentares são nomeados pelo Papa.
Adaptação: Alexander Thoele
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