Caminhos da Reportagem | Azul da cor de Abrolhos

Berçário das baleias Jubarte, refúgio de aves e tartarugas marinhas, maior banco de corais do Atlântico Sul, o Parque Nacional de Abrolhos é o paraíso marinho que inspirou o naturalista Charles Darwin em seus estudos sobre a seleção natural.

Ainda hoje, Abrolhos encanta turistas, mergulhadores, ambientalistas e até a Marinha. Juntos, todos se esforçam para manter a integridade daquele pedaço da Amazônia Azul.“Abrolhos é o primeiro parque nacional marinho do país e mantém a presença do Estado aqui, mantém a soberania do Brasil aqui”, enfatiza o capitão de corveta Flávio Almeida.

O nome "Abrolhos" vem da expressão "quando te aproximares de terra, abre os olhos", uma referência aos recifes de corais que representavam um perigo para as embarcações portuguesas do séc. XVI. Hoje, o banco é considerado um dos melhores pontos de mergulho do mundo, com visibilidade de 20 metros de profundidade.

Os chamados Chapeirões, corais em forma de cogumelo, chegam a 20 metros de altura. “Um mar lindo, uma água transparente, parece um Caribe, muito bonito mesmo!”, admira-se a professora universitária Célia Campos.

É no santuário da fauna marinha que a equipe de reportagem encontra o maior mamífero do planeta: a baleia Jubarte. Todos os anos, elas vêm ao parque acasalar e dar à luz os filhotes, antes de voltar às águas geladas do Polo Sul. “A Jubarte é um símbolo da conservação de Abrolhos, mas a gente tem uma biodiversidade fantástica de corais, peixes recifais, de aves marinhas, tartarugas, então toda essa região é muito especial pra conservação”, destaca o diretor de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, Milton Marcondes.

Reportagem e produção: Flávia Peixoto
Cinegrafista: André Pacheco
Auxiliar: Alexandre Souza
Edição de Texto: Patrícia Araújo
Edição de Imagens: Henrique Corrêa
Arte: Antônio Trindade, André Maciel e Dinho Rodrigues

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