ZELL, o F-104 nuclear que não precisava de pista para decolar!
No início dos anos de 1960, a renascida Luftwaffe introduziu em serviço um grande número de caças norte-americanos Lockheed F-104 Starfighter fabricados localmente sob licença.
O “míssil com um homem dentro” – como o F-104 era popularmente conhecido – assumiu uma série de papéis táticos dentro da Luftwaffe, principalmente o de ataques nucleares contra alvos do Pacto de Varsóvia avançando contra o território alemão ocidental.
Aeródromos inimigos estavam, naturalmente, no topo das listas de alvos.
O problema que afligia os estrategistas com relação ao F-104 e demais caças da OTAN/NATO e que esses sofisticados jatos exigiam uma pista longa e bem mantida – vulnerável se atacada no início de uma guerra.
Para complicar, se houvesse uma base para retornar, mesmo com um paraquedas de frenagem, um F-104 precisava de quase um quilômetro de asfalto para pousar e parar.
Daí a idéia dos estrategistas, seria possível adaptar a aeronave para operações mais dispersas?
Desenvolvido conjuntamente pela Luftwaffe e pelo fabricante Lockheed, o sistema ZELL ou “lançamento de comprimento zero” compreendia uma plataforma de lançamento inclinada para um caça Lockheed F-104G Starfighter.
Em teoria, o F-104 lançado pela ZELL seria impulsionado pela potência combinada do turbojato J79 do avião e um motor foguete de combustível sólido, o mesmo tipo de propulsor utilizado em um míssil de cruzeiro tático dos anos de 1950.
Esse propulsor e sua armação eram descartados após 8-10 segundos de queima, momento em que o F-104 já estaria com velocidade suficiente para seguir o voo, mesmo carregado com armas nucleares táticas sob as asas.
As operações ZELL, segundo essa estratégia, envolveriam dezenas de F-104 armados com bombas nucleares desdobrados em rampas previamente posicionadas por toda a Alemanha Ocidental, talvez escondidas em celeiros ou nas bordas das florestas.
Uma vez que uma guerra em grande escala destruiria grande parte do País, pois naquela época acreditava-se no emprego de armas nucleares táticas – sobretudo contra as pistas de decolagem - os planejadores imaginavam recuperar os F-104 que retornassem das missões usando cabos de retenção instalados em trechos de auto-estradas.
Estes cabos poderiam ser lançados através de uma pista de pouso semi-preparada, como as famosas Autobahn. Na fuselagem traseira dos F-104, um gancho (hook) adaptado teria como função “pescar” os cabos de retenção, parando o avião.
A Alemanha Ocidental investiu mais de US$ 25 milhões no projeto ZELL, mas após testes na Base da Aérea Edwards na Califórnia e na Baviera, a Luftwaffe abandonou o projeto em 1966 por que ficou claro ser possível mas não praticável tal esquema.
O simples fato de ser necessário prover segurança em localidade aberta para armas nucleares táticas já significava tropas americanas junto as nukes, colocadas nos aviões somente após a devida validação/liberação norte-americana.
Os aviões destinados a missões ZELL tinham de ser cuidadosamente desmontados, levados até os pontos de tocaia, remontados, posicionados, abastecidos, checados, etc.
Considerando o curto alcance do F-104G, e o amadurecimento da tecnologias de mísseis terra-ar, além do programa demandar uma logística totalmente fora de qualquer praticabilidade, o fato é que o ZELL deve ser compreendido como uma brilhante sacada propagandística da OTAN e dos alemães ocidentais para intimidar soviéticos e o Pacto de Varsóvia com a certeza de que haveria uma resposta nuclear infalivelmente, se a União Soviética resolve atacar.
Видео ZELL, o F-104 nuclear que não precisava de pista para decolar! канала Caiafa Master
O “míssil com um homem dentro” – como o F-104 era popularmente conhecido – assumiu uma série de papéis táticos dentro da Luftwaffe, principalmente o de ataques nucleares contra alvos do Pacto de Varsóvia avançando contra o território alemão ocidental.
Aeródromos inimigos estavam, naturalmente, no topo das listas de alvos.
O problema que afligia os estrategistas com relação ao F-104 e demais caças da OTAN/NATO e que esses sofisticados jatos exigiam uma pista longa e bem mantida – vulnerável se atacada no início de uma guerra.
Para complicar, se houvesse uma base para retornar, mesmo com um paraquedas de frenagem, um F-104 precisava de quase um quilômetro de asfalto para pousar e parar.
Daí a idéia dos estrategistas, seria possível adaptar a aeronave para operações mais dispersas?
Desenvolvido conjuntamente pela Luftwaffe e pelo fabricante Lockheed, o sistema ZELL ou “lançamento de comprimento zero” compreendia uma plataforma de lançamento inclinada para um caça Lockheed F-104G Starfighter.
Em teoria, o F-104 lançado pela ZELL seria impulsionado pela potência combinada do turbojato J79 do avião e um motor foguete de combustível sólido, o mesmo tipo de propulsor utilizado em um míssil de cruzeiro tático dos anos de 1950.
Esse propulsor e sua armação eram descartados após 8-10 segundos de queima, momento em que o F-104 já estaria com velocidade suficiente para seguir o voo, mesmo carregado com armas nucleares táticas sob as asas.
As operações ZELL, segundo essa estratégia, envolveriam dezenas de F-104 armados com bombas nucleares desdobrados em rampas previamente posicionadas por toda a Alemanha Ocidental, talvez escondidas em celeiros ou nas bordas das florestas.
Uma vez que uma guerra em grande escala destruiria grande parte do País, pois naquela época acreditava-se no emprego de armas nucleares táticas – sobretudo contra as pistas de decolagem - os planejadores imaginavam recuperar os F-104 que retornassem das missões usando cabos de retenção instalados em trechos de auto-estradas.
Estes cabos poderiam ser lançados através de uma pista de pouso semi-preparada, como as famosas Autobahn. Na fuselagem traseira dos F-104, um gancho (hook) adaptado teria como função “pescar” os cabos de retenção, parando o avião.
A Alemanha Ocidental investiu mais de US$ 25 milhões no projeto ZELL, mas após testes na Base da Aérea Edwards na Califórnia e na Baviera, a Luftwaffe abandonou o projeto em 1966 por que ficou claro ser possível mas não praticável tal esquema.
O simples fato de ser necessário prover segurança em localidade aberta para armas nucleares táticas já significava tropas americanas junto as nukes, colocadas nos aviões somente após a devida validação/liberação norte-americana.
Os aviões destinados a missões ZELL tinham de ser cuidadosamente desmontados, levados até os pontos de tocaia, remontados, posicionados, abastecidos, checados, etc.
Considerando o curto alcance do F-104G, e o amadurecimento da tecnologias de mísseis terra-ar, além do programa demandar uma logística totalmente fora de qualquer praticabilidade, o fato é que o ZELL deve ser compreendido como uma brilhante sacada propagandística da OTAN e dos alemães ocidentais para intimidar soviéticos e o Pacto de Varsóvia com a certeza de que haveria uma resposta nuclear infalivelmente, se a União Soviética resolve atacar.
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