NO MEIO DE UMA TEMPESTADE, HOMEM RICO CONVIDOU UMA MORADORA DE RUA E SUA FILHA PARA O ANIVERSÁRIO

NO MEIO DE UMA TEMPESTADE, UM HOMEM RICO CONVIDOU UMA MORADORA DE RUA E SUA FILHA PARA O ANIVERSÁRIO DO SEU FILHO

Ricardo foi ao supermercado, precisava comprar mais bebidas e algumas coisas para a mesa festiva. Depois, planejava pegar seus pais e levá-los à casa de seu neto. Fora chovia fortemente, e o vento era tão forte que era difícil manter-se em pé devido às rajadas de vento e à chuva. O homem já estava saindo da loja quando notou uma mulher com um menino nos braços. No Porsche, a mulher não tinha mais de 30 anos, estava mal vestida, mas parecia arrumada. Levava uma fina jaqueta curta e um lenço na cabeça. Sua filha também estava vestida inadequadamente para aquele clima frio. Usava uma jaqueta velha, um gorro fino e botas curtas. Tremia de frio e se agarrava à mãe. Ricardo sentiu pena deles e não pôde resistir. Tirou um bilhete grande de sua carteira, aproximou-se deles e ofereceu para comprar algo para comer. A mulher o olhou com gratidão. Como a menina tremia de frio, ela contou que se chamava Helena e sua filha Marina, e que não eram pessoas sem-teto. Viviam fora da cidade e simplesmente não conseguiam ir embora porque haviam perdido o ônibus. Por isso, estavam tentando se aquecer na loja até que o segurança os expulsou. Ricardo estava prestes a se despedir quando, de repente, pensou: "E se os convidasse para o aniversário do meu filho Gabriel? Ele poderia brincar com a menina, já que tanto desejava se comunicar com outras crianças, e a mãe e a filha se protegeriam do frio por um tempo e comeriam algo delicioso, já que, pelo que via, não tinham dinheiro suficiente para comida." O homem a olhou fixamente e contou que seu filho completava 6 anos naquele dia. Entendia que era uma oferta inesperada, pois nem se conheciam, mas disse que seu filho não podia andar e tinha problemas de saúde. Era difícil explicar; raramente vinham crianças visitá-lo, e isso o entristecia muito. Talvez sua filha pudesse brincar com ele um pouco e comer algo gostoso. Depois, chamaria um táxi para que fossem até sua casa, e dali, iriam ao lugar que precisavam ir. Helena ficou feliz e aceitou com prazer. A menina perguntou se poderia brincar com o menino e o que ganhariam de presente. "É um pouco desconfortável ir à festa sem um presente. Vou comprar algo agora mesmo", disse Helena. Ricardo tentou dissuadi-la, explicando que Gabriel tinha muitos carrinhos de brinquedo, mas a mulher foi inflexível e disse que não iria sem um presente. No final, Helena escolheu na loja uma bola luminosa barata com flocos de neve que caíam e giravam ao ritmo de uma música agradável quando virada. A menina ficou satisfeita com a compra e concordou em ir à festa. Ricardo enviou Helena e sua filha em um táxi para casa, sem compreender completamente como havia se atrevido a convidar estranhos para sua casa. Ele mesmo foi buscar seus pais. Sua mãe, como sempre, demorou muito para se arrumar, trocou de casaco várias vezes, arrumou o cabelo e, finalmente, saíram. Enquanto viajavam para casa sob uma forte chuva, passou mais de uma hora. Ricardo decidiu não contar a seus pais sobre Helena, pois sabia de antemão que a ideia de convidar estranhos não agradaria sua mãe. Ela sempre foi uma mulher exigente, tratava com precaução as pessoas novas, preferindo se comunicar apenas com amigos de confiança. Quando Ricardo chegou em casa com seus pais, a festa já estava animada. Ele havia contratado um animador e um alegre palhaço que já estavam entretendo os convidados. Todos adoravam o espetáculo do animador; os adultos cantavam canções e resolviam charadas. Para cada resposta correta, um prêmio era entregue. Mas o aniversariante não se interessava pelo palhaço. O menino estava entusiasmado brincando com Marina, a menina convidada da rua.

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