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AINDA SOBRE FETICHISMO | Interpretações impossíveis EP #106

Extratos de texto ainda inédito a respeito do tema:

Como não existe aqui [nas trocas] nenhum padrão absoluto que regule essa conexão universal, mercadoria e preço irão se ajustar continuamente um ao outro. Emergindo como uma espécie de alma da mercadoria, esta será precificada antes mesmo de ser produzida e continuará a sê-la durante toda sua existência. O ato individual de troca nada mais é do que o juízo final, quando a alma da mercadoria será julgada e seu juiz, a mercadoria-dinheiro, somente então, comparecerá em pessoa na trama. Da aprovação dessa relação depende a salvação da mercadoria. [...]

Diante do que foi anteriormente exposto, o item último do presente capítulo: O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo, mostra-se como consequência direta do desenvolvimento das formas de valor. Tanto que na exposição da primeira edição de O Capital, o fetiche da mercadoria emerge como quarta peculiaridade advinda da forma equivalente. [...]

Justamente na análise da forma equivalente, Marx menciona o fato de que linho e casaco possuem a “propriedade universal do trabalho humano”, despendidos tanto “na forma da alfaiataria quanto na da tecelagem”. E conclui: “Nada disso é misterioso”. Onde residiria, então, o mistério? Como continua a explicar Marx: “na expressão de valor da mercadoria a coisa é distorcida”. Em outras palavras, o misterioso não é o fato do casaco ser produto do trabalho humano: do alfaiate ou da indústria tecelã. Tampouco é misterioso que linho e casaco, enquanto produtos do trabalho humano no geral, possam ser trocados. O misterioso é a expressão de valor do casaco ser, por exemplo, 200 reais. Praticamente repetindo essas considerações, explica Marx no item reservado ao fetiche da mercadoria que “caráter místico da mercadoria não resulta, portanto, de seu valor de uso. Tampouco resulta do conteúdo das determinações de valor”. E pergunta: “De onde surge, portanto, o caráter enigmático do produto do trabalho, assim que ele assume a forma-mercadoria?”. E responde: “Evidentemente, ele surge dessa própria forma”. [...]
O fetiche, para utilizar a linguagem empregada por Jadir Antunes em livro já citado, é precisamente o contrário disso. Trata-se de uma forma social que, ao negar os aspectos sensíveis das coisas e pessoas nela mergulhadas, produz o desinteresse humano pelo mundo do aquém, pelo mundo natural e sensível, pela qualidade, pelo útil e, por outro lado, desenvolve o interesse pelo mundo do além, pelo ente abstrato, não diretamente útil, numérico e calculável: o ente que se apresenta na forma-dinheiro. O ente cuja forma natural é usada para expressar, efetiva e idealmente, o valor de todo o resto.

[...] “A igualdade dos trabalhos humanos assume a forma material da igual objetividade de valor dos produtos do trabalho”. Isto é, a igualdade dos distintos trabalhos aparece como igualdade de preço entre as mercadorias. O valor interno e imanente a mercadoria assume a forma externa e transcendente do preço. A “medida do dispêndio de força humana de trabalho por meio de sua duração assume a forma da grandeza de valor dos produtos do trabalho”. Isto é, a igual quantidade de trabalho aparece como igual quantidade de dinheiro. As “relações entre os produtores, nas quais se efetivam aquelas determinações sociais de seu trabalho, assumem a forma de uma relação social entre os produtos do trabalho”. Na troca, as relações sociais estão apagadas e em seu lugar temos a relação entre coisas ou produtos do trabalho, a relação entre forma- mercadoria e forma-dinheiro em que o valor interno da mercadoria se manifesta na corporalidade crua da coisa dinheiro.

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Acadêmicos que não conseguem interpretar textos EP #28
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#FeticheDaMercadoria #InterpretaçãoDeTextos #Marx

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9 февраля 2021 г. 6:21:55
00:34:07
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