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Platão | História da Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 04

Platão acompanhou os discursos de Sócrates por dez anos – segundo a tradição, até sua morte. É comum a interpretação de que foi sob o impacto de sua morte e da situação política de Atenas que iniciou sua obra. Conforme já dissemos, Sócrates nada escreveu, e a compreensão de sua filosofia vem, em grande medida, dos diálogos socráticos (sokratikoi logoi) que Platão escreveu. Tais escritos retratariam seu mestre mais próximo ao que realmente foi – o que não é o mesmo que dizer que são um mero registro histórico sem acréscimos literários e filosóficos. Nas conversas, o filósofo aparece como protagonista a conduzir uma busca argumentativa em direção a algum esclarecimento conceitual, embora nem sempre chegando a um termo. É comum que termine a conversa em aporia, isto é, literalmente, ausência de saída – por derivação de sentido, situação de dúvida decorrente da impossibilidade de se chegar a uma conclusão para determinada indagação.

O afastamento progressivo do modo estritamente socrático de filosofar acontece com o contato com Parmênides e os filósofos eleatas, segundo se conta. Essa é a fase intermediária, em que aparece um Sócrates muito mais propositivo a defender teses tipicamente platônicas, como a divisão da realidade em mundo sensível e inteligível e a Teoria das Ideias (ou melhor, Teoria das Formas – como veremos a seguir).

Uma reformulação da doutrina principal acontece nas fases madura e final. Nela, Sócrates deixa de ser o personagem principal e a Teoria das Formas enfrenta objeções quanto ao seu estatuto ontológico (isto é, quanto a problemas relativos à sua existência e à sua relação com as entidades do mundo sensível).

Essa trajetória platônica inicia em Sócrates e vai além, de modo que é possível interpretar Platão como alguém que inicia onde seu mestre parou. Em outras palavras, o problema que vinha sendo respondido era o do relativismo, isto é, a tese de que não há critérios objetivos para avaliar se uma alegação sobre a realidade é ou não verdadeira, restando apenas padrões subjetivos. Como vimos, Protágoras e Górgias teriam instaurado um contexto tal que passou a haver uma progressiva percepção de desmoralização dos cidadãos em relação às questões públicas. Sócrates veio como um restaurador de posturas e valores e fez do questionamento constante seu método.

No entanto, faltava um fundamento teórico sólido ao seu procedimento. Como indica Platão, suas conversações não costumavam indicar respostas, mas findar em dúvidas sobre as quais a solução era desconhecida (aporia) – o que, convenhamos, não se distinguia muito do que faziam os sofistas. O que Platão buscou, então, foi estabelecer os critérios nos quais o método socrático poderia se basear. Assim, uma teoria passou a ser criada, tanto para estabelecer como conhecemos, quanto para identificar a estrutura da realidade a permitir o conhecimento sólido, imutável, absoluto. Tudo isso para constituir fundamentos inabaláveis para a busca que é uma constante em todos os filósofos antigos: a boa vida – seja no âmbito privado, seja no âmbito público.
00:00 Introdução
16:23 O Banquete
22:00 Escada de Diotima
31:38 Dialética Ascendente
33:53 Paradoxo de Menon
38:39 Teoria da Reminiscência
53:42 A República
53:30 Teoria das Formas

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20 июня 2020 г. 15:42:08
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