O Templo de Karnak - Egito

Mais do que as pirâmides de Gizé ou os tesouros expostos no Museu Egípcio no Cairo, é em Luxor que podemos nos aproximar da grandeza e do poder da civilização egípcia do passado.

O complexo de Karnak é uma das principais e mais singulares atrações turísticas não só de Luxor, mas de todo o Egito, sendo parada obrigatória para os turistas. No local, uma gama de obeliscos, pátios, salões cerimoniais, pilones, estátuas e paredes com relevos -- tudo finamente decorado com hieróglifos ou hieroglifos -- chamam a atenção dos visitantes.

Durante um período de cerca de 1500 anos, todos os faraós do Egito imprimiram sua marca a Karnak. Cada um deles adicionou um detalhe -- muitas vezes de dimensões musculosas -- em homenagem aos deuses, mas principalmente para eles próprios.

O recinto sagrado ocupa trinta hectares, com inúmeros santuários, onde sobressai o Templo de Amon, tudo dominado por dez portões monumentais (chamados de pilones). Logo na entrada, uma fileira de esfinges abre passagem para o Recinto de Amón, com um gigantesco pilone que dá espaço para o Grande Pátio.

Logo depois encontra-se uma floresta de enormes colunas, em um lugar chamado de ‘a Grande Sala Hipostila’, onde está simbolizada uma plantação de papiro, a planta que deu origem ao papel. Com 134 colunas gigantes, algumas com vestígios das coloridas pinturas que as recobriam, é um monumento ímpar em beleza que testemunhou várias gerações de faraós.
Depois dos maciços terceiro e quarto pilones, está o finamente decorado obelisco de Hatshepsut, de inimagináveis 290 toneladas e 27,5 metros de altura, um dos pontos altos das artes decorativas do período.

Após o quinto e sexto pilones estão uma série de templos menores, como o hall de Tutmósis III e os "jardins botânicos". A leste do complexo está o grande lago sagrado, onde os sacerdotes faziam banhos cerimoniais. O complexo de Karnak muito amplo e repleto de detalhes. São mais de 260 mil metros quadrados de área.

A construção de Karnak começou por volta de 2.200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas. Para ser construído, o maior templo do Egito contou com mão de obra de cerca de 80 mil pessoas.

O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos e antes dos trabalhos de escavação começarem, em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauração e conservação continua até os dias de hoje.

Atualmente, Karnak é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam o Egito e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.

Os monumentos de Karnak, localizados à margem direita do rio Nilo, próximo a Luxor, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império.

A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande e complexo templo de Amon-Ra, que testemunha numerosas alterações da história dos faraós. O grande eixo leste-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipóstila que representa uma verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros.

Com 21m de altura e diâmetro de 4 metros, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão do peso que realmente elas têm. Nelas, pode-se ver repetidamente os nomes de Sethi I e Ramsés II.

Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia. Esfinges de pedra, ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas às margens do deserto.

Acredita-se, segundo as crenças dos antigos egípcios, que a muralha de barro que rodeia os templos de Karnak simboliza o início da vida na terra.

Karnak é um dos grandes tesouros egípcios e até hoje, com 5 mil anos de história, resiste ao tempo e presenteia o mundo com o registro real dos primeiros passos da humanidade.

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