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O SIM E O NÃO - O TER E O SER- EDWALDO ARANTES -VOZ LOUREIRO JR

O SIM E O NÃO - O TER E O SER

Este artigo deveria ter saído na primeira edição do III Berro. O Conselho Editorial, com sabedoria, optou apenas pela primeira frase. Segue agora completo:



O III Berro retorna depois de um período de hibernação. Durante este tempo, alguns queridos parceiros e amigos também resolveram hibernar. Esta edição de relançamento é uma homenagem a eles: Eurico Rezende, Fernando (Passarinho), Glauco Villas Boas, Henrique Bartsch, João Garcia, João Magrão (Grupo Nós), José Carlos Vidotti, Luciano Lepera, Lúcio Mendes, Orlando Villas Boas, Paulo Novaes, Pietro Roveri, Raoni Villas Boas, Rubens Volpe, Sócrates, Teresa Luchetti, Vanderlei Cason (Canarinho), Wanderley Caixe, Wilson Roveri, Wilson Toni, José Maria Paschoalick , Almir Gaivota e Lucas Bueno.
Um breve afastamento é necessário, faz com que o tempo possa ser contado como o cantar dos sinos ao crepúsculo, o trinado dos canários despertando aos primeiros raios de sol e o silêncio das madrugadas. Tudo isso reflete a lembrança do que somos, almejamos e fazemos.
Nesse intervalo, procuramos refletir, reciclar e tendo sempre a certeza que estamos nos encontrando e reencontrando todos os dias., seja no pensar, no sonhar ou na simples vontade de ver e ter.
Encontrar-se é um perder-se todos os dias e todas as horas. Encontrar-se com a palavra, com o vinho, com o amigo e principalmente com o silêncio das noites quase sem luar. Perder-se na palavra e no vinho, nunca no amigo, especialmente nas noites densas e escuras. O luar é bom, reflete a água no riacho, ilumina a estrada e mostra o claro. Necessário, vez em quando a escuridão, para que possamos, voltando para dentro de nós, tatear nossas lembranças e avançar, tropeçando nas pedras, pisando nas raízes, apoiando nos galhos, enquanto imaginamos o caminho.
O chão estará coberto de flores, embora não as vejamos, sentiremos que uma queda eventual será perfumada e leve. Deitados, olhando as trevas da noite, acordaremos e, talvez, quem sabe, veremos surgir um azul na imensidão do céu, junto com ele uma bola flamejante, erguendo-se aos poucos no infinito do horizonte.
Levantaremos, andaremos, e sentiremos que mesmo passos trôpegos também podem nos conduzir. O escuro nada mais é do que a eterna busca do claro.
Os dois existem lado a lado, como o sol e a lua, apenas não podem se encontrar, coexistir. São como dois amantes submetidos ao "Feitiço de Áquila", para sempre impedidos do amor.
Ao surgir o primeiro raio, dissipa-se a escuridão; ao se diluírem as últimas trevas, a luz se acende e morre a obscuridade. É como pensar em um quase beijo, afastado e impedido por milésimos de segundos, remanescendo aos amantes, por toda a eternidade, a vontade de um dia conseguirem estar emaranhados um ao outro, para criar um novo alumiar, uma nova, intensa e ofuscante luz.
Depois de tudo, quem sabe um dia, poder enxergar no claro e no escuro, na noite e no dia, na perda e na busca, os sonhos do ser e do ter.
Sonhar com o ter, almejar e querer. Eis o sonho dos amantes, calmamente, tranquilamente, limpidamente como as auroras que, mesclando sombra e luz, anunciam a claridade do dia de hoje.
Edwaldo Arantes

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19 марта 2013 г. 5:21:07
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