Duas Danças Brasileiras de Santoro, projeto premiado pelo edital Funarte RespirArte.
Junia Canton é professora de piano da Universidade Estadual de Minas Gerais ( UEMG) desde 1998. Mestre em "Performance Musical" pela UFMG e especialista em "Práticas Interpretativas da Música Brasileira" pela UEMG.
O projeto "Brasil inspirador" traz a performance das "Dansas Brasileiras" para piano do compositor amazonense Cláudio Santoro. Tem o objetivo de valorizar e divulgar a cultura nacional, tecendo paralelos entre os elementos de brasilidade da música, artesanatos e objetos de arte presentes no vídeo. Procura ressaltar a riqueza de fontes de inspiração no qual artistas brasileiros estão imersos, considerando-se a exuberante natureza e a diversidade cultural e racial do Brasil.
As "Dansas" Brasileiras de C. Santoro captam a essência do folclore nacional, sem citá-lo diretamente. Melodias modais, ritmos sincopados, ostinatos, acentos, articulação variada entre staccatos e legato remetem à ambiência da música popular e folclórica brasileira, atraindo a
atenção do ouvinte que imediatamente se identifica culturalmente com as peças. Além disso, Santoro explora na dinâmica do piano, uma paleta variada de "cores" sonoras, do pianíssimo ao fortíssimo e larga tessitura do teclado pianístico. A forma das duas danças é bem estruturada de maneira que caminha à um grande ápice no final. Santoro as dedicou ao famoso casal de pianistas Alimonda (Rio de Janeiro), sendo a primeira dança dedicada à pianista Jeannette Alimonda. Com dedicatória à uma mulher, contém características femininas, assim sua melodia se insinua em um
gracioso balanço rítmico e sua parte central lenta, doce e cantabile tem o tema inicial ampliado no tempo, acompanhado por baixos sub-graves, trazendo uma atmosfera reflexiva ao trecho. A segunda dança é dedicada à Heitor Alimonda, inicia em uma atmosfera misteriosa em pianíssimo e através de um hipnótico ostinado na mão esquerda, conduz o ouvinte a uma expectativa crescente,
culminando à um estrepitoso final, no qual o compositor utiliza a potência sonora e percussiva do instrumento.
Cláudio Franco de Sá Santoro nasceu em 1919 em Manaus e morreu em 1989 em Brasília. É considerado um dos principais compositores da música erudita brasileira neo-nacionalista entre
fins da década de quarenta e início da década de sessenta. Suas"Dansas Brasileiras" foram compostas em 1951, no momento em que Cláudio Santoro aspirava maior aproximação com o público, após sua fase composicional dodecafônica. É curioso notar que, o compositor grifou 'Dansas' com “s,” provavelmente porque até a reforma ortográfica de 1944, o verbo dançar originado do idioma francês era escrito com “s" ao invés de “ç”, e alguns autores e artistas da época, continuaram a usar o “s,"por considerarem uma letra mais "dançante ou musical” que o “ç,”
se observarmos o movimento de suas curvas.
"Dansas Brasileiras" de Cláudio Santoro.
Piano: Junia Canton.
Audiovisual: Fábio Janhan
Técnico responsável pela difusão digital: Igor Canton R. Moreira
Mandala feita com madeira de demolição, artesanato de Rezende Costa , MG.
Bonecas feitas da cabaça da abóbora, artesanato de Bichinho, MG.
Coleção Brasileirinhos, Artista - Pacha, Santo Antônio do leite, MG.
Quadro do pintor Inimá de Paula, coleção particular.
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Видео Duas Danças Brasileiras de Santoro, projeto premiado pelo edital Funarte RespirArte. канала Junia Canton
O projeto "Brasil inspirador" traz a performance das "Dansas Brasileiras" para piano do compositor amazonense Cláudio Santoro. Tem o objetivo de valorizar e divulgar a cultura nacional, tecendo paralelos entre os elementos de brasilidade da música, artesanatos e objetos de arte presentes no vídeo. Procura ressaltar a riqueza de fontes de inspiração no qual artistas brasileiros estão imersos, considerando-se a exuberante natureza e a diversidade cultural e racial do Brasil.
As "Dansas" Brasileiras de C. Santoro captam a essência do folclore nacional, sem citá-lo diretamente. Melodias modais, ritmos sincopados, ostinatos, acentos, articulação variada entre staccatos e legato remetem à ambiência da música popular e folclórica brasileira, atraindo a
atenção do ouvinte que imediatamente se identifica culturalmente com as peças. Além disso, Santoro explora na dinâmica do piano, uma paleta variada de "cores" sonoras, do pianíssimo ao fortíssimo e larga tessitura do teclado pianístico. A forma das duas danças é bem estruturada de maneira que caminha à um grande ápice no final. Santoro as dedicou ao famoso casal de pianistas Alimonda (Rio de Janeiro), sendo a primeira dança dedicada à pianista Jeannette Alimonda. Com dedicatória à uma mulher, contém características femininas, assim sua melodia se insinua em um
gracioso balanço rítmico e sua parte central lenta, doce e cantabile tem o tema inicial ampliado no tempo, acompanhado por baixos sub-graves, trazendo uma atmosfera reflexiva ao trecho. A segunda dança é dedicada à Heitor Alimonda, inicia em uma atmosfera misteriosa em pianíssimo e através de um hipnótico ostinado na mão esquerda, conduz o ouvinte a uma expectativa crescente,
culminando à um estrepitoso final, no qual o compositor utiliza a potência sonora e percussiva do instrumento.
Cláudio Franco de Sá Santoro nasceu em 1919 em Manaus e morreu em 1989 em Brasília. É considerado um dos principais compositores da música erudita brasileira neo-nacionalista entre
fins da década de quarenta e início da década de sessenta. Suas"Dansas Brasileiras" foram compostas em 1951, no momento em que Cláudio Santoro aspirava maior aproximação com o público, após sua fase composicional dodecafônica. É curioso notar que, o compositor grifou 'Dansas' com “s,” provavelmente porque até a reforma ortográfica de 1944, o verbo dançar originado do idioma francês era escrito com “s" ao invés de “ç”, e alguns autores e artistas da época, continuaram a usar o “s,"por considerarem uma letra mais "dançante ou musical” que o “ç,”
se observarmos o movimento de suas curvas.
"Dansas Brasileiras" de Cláudio Santoro.
Piano: Junia Canton.
Audiovisual: Fábio Janhan
Técnico responsável pela difusão digital: Igor Canton R. Moreira
Mandala feita com madeira de demolição, artesanato de Rezende Costa , MG.
Bonecas feitas da cabaça da abóbora, artesanato de Bichinho, MG.
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