NEUROSE OBSESSIVA: RIGIDEZ, CONTROLE E INIBIÇÕES

Seguidores de normas e regras, sistemáticos, detalhistas, amantes de planilhas, check lists e controles, os neuróticos obsessivos andam na linha, equilibrando-se para não cair, para não se equivocar.
Se vêem sempre assolados por dúvidas, medos, incertezas, inseguranças e se percebem, sempre, às voltas com a indecisão. O que preocupa é que, em casos mais graves, além do sofrimento psíquico, podem aparecer sintomas físicos e emocionais que prejudicam o cotidiano e as relações, como por exemplo:
- SINTOMAS FÍSICOS = taquicardia, falta de ar, náusea, nó na garganta suor excessivo, tremor pelo corpo, enxaquecas, dor ou aperto no peito, sensação de fraqueza ou cansaço, diarréia, etc;
- SINTOMAS EMOCIONAIS = isolamento, irritabilidade, agressividade, insônia, ideias repetitivas, compulsões (jogos eletrônicos, alimentos, compras, sexo, etc), controle excessivo, paralização (acomodação, morosidade, lentidão), etc.
São Gestores ou Funcionários, por exemplo, que travam projetos, processos e ideias em função da lentidão causada pela necessidade de controlar tudo e alcançar a exatidão, a garantia de erro zero.
Esses pacientes relutam em buscar ajuda profissional especializada (Psicólogo/a, Psicanalista ou Médico Psiquiatra), pois sua rigidez, suas resistências e suas inibições são muitas. Quando chegam à análise estão exaustos, no limite, pois sofrem com as exigências internas que são incapazes de cumprir.
A relação que têm consigo mesmos é de proibições, censuras e auto-recriminações constantes. Dizemos que os neuróticos obsessivos sofrem de pensamentos e lutam quase que diariamente contra si mesmos, contra suas ideias. Mas porque isso acontece?
O que a Psicanálise pode fazer por essas pessoas?
Roberta Chiconi
Psicóloga e Psicanalista
CRP 06/112456

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