BEBÊ CHIADOR: SAIBA COMO CUIDAR DO CHIADO NO PEITO | MACETES DE MÃE

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Na semana passada, eu falei sobre as principais doenças respiratórias em bebês aqui https://youtu.be/IKs1XsFz5CQ e fiquei de explicar um pouco melhor a seguinte situação: bebê chiador.

Afinal, que problema é esse, como ele aparece e como podemos fazer para tratá-lo.

1) O QUE É O BEBÊ CHIADOR OU LACTENTE SIBILANTE?

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que, para o bebê ser um bebê chiador é preciso que antes ele tenha tido, pelo menos, um episódio de bronquiolite (Falei um pouco sobre o problema no vídeo da semana passada. Confira LINK DOENÇAS DE INVERNO)
Muitos bebês tem bronquiolite e depois nunca mais voltam a ter o “chiado” no peito. Mas cerca de 40% dos bebês demoram para conseguir resolver esse chiado, ou voltam a ter crises de chiado algumas vezes.
O bebê chiador, ou lactente sibilante, é aquele bebê que vira e mexe apresenta chiado no peito precisando de tratamento, igual à bronquiolite. Aqueles bebês que já tiveram mais de 3 episódios de sibilância, ou que a sibilância dura mais de 30 dias sem melhora, são os chamados bebês chiadores.

2) O QUE DESENCADEIA O CHIADO?

Normalmente, as crises são desencadeadas por quadros virais, como o resfriado, mas outros fatores também podem desencadear a crise, como mudanças bruscas de temperatura, contato com alguns alérgenos ou ainda a crise pode aparecer sem uma causa específica.

3) COMO SABER SE O BEBÊ ESTÁ CHIANDO MESMO?

É importante lembrar que nem todo barulho no pulmão é chiado, ou sibilância (o nome correto do problema). Às vezes, a criança pode ter um resfriado e apresentar roncos no pulmão devido a secreção, mas não ter o chiado (sibilos). Outras vezes, a mãe não escuta o chiado, mas o médico identifica o chiado ao examinar a criança. Por isso, é importante que um médico avalie a criança durante as crises.

4) QUAIS FATORES PODEM INFLUENCIAR NA RECORRÊNCIA DAS CRISES?

Alguns fatores de risco como prematuridade, exposição a cigarro, casos de asma na família e crianças que frequentam a pré-escola podem ter um risco maior de voltar a apresentar as crises.

5) TEM DIFERENÇA ENTRE O BEBÊ CHIADOS E O ASMÁTICO?

Um bebê chiador não é e nem necessariamente irá se tornar um bebê asmático. A maioria das crianças irá parar de apresentar o chiado até 6 anos ou um pouco mais, então, só após essa idade é que dá para se fazer o diagnóstico final de asma.

6) QUAL É O TRATAMENTO DO BEBÊ CHIADOR?

O tratamento vai depender das características das crises e do paciente. Em crises leves e pouco frequentes pode ser que seu pediatra apenas acompanhe o quadro. Porque pode valer mais a pena tratar as crises do que usar medicação todos os dias já que ele não tem muitas crises e elas são leves.

Nos casos mais graves ou que o bebê começa a ter crises muito frequentes e que demoram para se resolver será melhor fazer um tratamento preventivo, que evite o aparecimento das crises. Assim o bebê tem menos chance de apresentar crises graves que precisem de internação ou que tragam riscos para o desenvolvimento dele.

Os medicamentos para evitar as crises envolvem corticoides inalatórios, ou medicação oral que ajudam a diminuir a inflamação no pulmão. Nenhum remédio está isento de efeitos colaterais, e o que funciona para um pode não ser adequado para outro. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo pediatra e, se possível, acompanhado por um alergista ou pneumologista pediátrico.

7) POR QUE É IMPORTANTE O ACOMPANHAMENTO MÉDICO?

Outras doenças que podem contribuir ou causar chiado precisam ser descartadas, como a doença do refluxo gastro-esofágico, fibrose cística, alterações anatômicas, imunodeficiência e outras infecções pulmonares. As crises afetam a qualidade de vida dos bebês e da família e podem atrapalhar o desenvolvimento normal do pulmão.

O médico irá prescrever o tratamento adequado e ir ajustando a dose dos remédios com o tempo, para que ele não use mais medicação do que o necessário. As doses variam de acordo com o caso. Por isso, ainda que em muitos comentários apareçam nomes de remédios “milagrosos”, não use nenhuma medicação se não for prescrita pelo seu médico.

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