ADENOMIOSE UTERINA – SINTOMAS E TRATAMENTO
A adenomiose é uma doença que ocorre quando pedaços de endométrio surgem no miométrio, provocando sangramentos cíclicos dentro da camada muscular do útero.
A adenomiose pode ficar confinada a uma pequena parte do miométrio (adenomiose localizada) ou pode ser um processo difuso, havendo tecido endometrial disperso por toda a camada muscular do útero (adenomiose difusa).
As causas da adenomiose ainda são desconhecidas. Algumas teorias sugerem que a doença tenha origem congênita, como se fosse uma má-formação do útero na fase embrionária. Há também uma corrente que acredita que a adenomiose possa ser uma doença adquirida durante a vida, provocada por lesões no útero, como, por exemplo, uma incisão cirúrgica da cesariana.
Sabe-se que há influência dos hormônios femininos na formação da adenomiose. O maior tempo de exposição aos hormônios femininos explica o porquê da maior ocorrência desta doença em mulheres ao redor dos 40 anos. Pelo mesmo motivo, os sintomas da adenomiose costumam piorar com o passar dos anos, mas depois melhoram na menopausa.
Além da idade, outros fatores parecem colaborar com o aparecimento da adenomiose, tais como ter tido mais de uma gravidez durante a vida, primeira menstruação (menarca) precoce e ciclos menstruais curtos.
Estima-se que até 20% das mulheres tenham adenomiose. Porém, a verdadeira incidência pode ser bem mais alta, uma vez que muitas mulheres são assintomáticas e o diagnóstico da adenomiose só pode ser feito com certeza através de cuidadosa avaliação histopatológica de todo útero, o que só é possível caso a mulher seja submetida a uma histerectomia (retirada cirúrgica do útero).
SINTOMAS
Cerca de 1/3 das mulheres com adenomiose não apresenta sintoma algum. Nos 2/3 que desenvolvem sintomas, os principais são grande fluxo menstrual e cólicas intensas. Dor durante o ato sexual e sangramentos fora do período menstrual são outros sintomas comuns.
Se houver presença de tecido endometrial de forma difusa pelo miométrio, o útero pode aumentar de tamanho, chegando a ter o volume semelhante ao de uma gravidez de 11 ou 12 semanas. Dor e uma pequena distensão da região inferior do abdômen são sintomas possíveis. Quando a adenomiose é localizada, o tecido endometrial pode formar nódulos, tornando-se parecido com um mioma.
Adenomiose e gravidez
Apesar de ainda não ser um dado totalmente comprovado, acredita-se que a adenomiose esteja relacionada a um maior risco de infertilidade. Isso não significa, porém, que mulheres com adenomiose não possam engravidar.
O maior risco de abortamento ou de parto prematuro nas gestantes com adenomiose também é um tema ainda controverso, havendo discordância de opinião entre os especialistas.
DIAGNÓSTICO
Em mulheres sem sintomas e sem aumento do volume uterino, o diagnóstico com absoluta certeza só pode ser feito através da avaliação do útero após uma histerectomia. Por outro lado, nas mulheres com cólicas e fluxos menstruais intensos, associados a um útero de tamanho aumentado, exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância magnética da pelve, podem ajudar a estabelecer o diagnóstico.
TRATAMENTO
O único tratamento 100% eficaz para a adenomiose é a remoção cirúrgica do útero (histerectomia). Como os sintomas costumam se agravar somente após os 40-45 anos de idade, e desaparecem após a menopausa, a maioria das mulheres acaba não precisando recorrer a um tratamento tão radical.
A instituição de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e da pílula anticoncepcional para controlar a liberação de hormônios durante o ciclo menstrual costuma provocar alívio dos sintomas em grande parte das pacientes. Uso contínuo de anticoncepcionais de forma a suspender a menstruação ou uso de DIU Mirena são opções válidas para algumas pacientes.
Outros medicamentos que podem ser usados no tratamento da adenomiose são:
Análogos da GnRH (Zoladex®, Lupron depot®, Lorelim depot®).
Danazol (Ladogal®).
Dienogeste (Allurene®, Dine®, Allurax®, Visabelle®, Kalist® e Pietra ED®).
Carbegolina (Dostinex®).
A maioria dos medicamentos listados acima tem boa resposta, mas não são para uso prolongado.
Se a paciente ainda estiver longe da menopausa, já tiver filhos e não desejar ter outros, e não conseguir controlar os sintomas da adenomiose, a histerectomia é uma alternativa que deve ser considerada.
Видео ADENOMIOSE UTERINA – SINTOMAS E TRATAMENTO канала Michel Palheta
A adenomiose pode ficar confinada a uma pequena parte do miométrio (adenomiose localizada) ou pode ser um processo difuso, havendo tecido endometrial disperso por toda a camada muscular do útero (adenomiose difusa).
As causas da adenomiose ainda são desconhecidas. Algumas teorias sugerem que a doença tenha origem congênita, como se fosse uma má-formação do útero na fase embrionária. Há também uma corrente que acredita que a adenomiose possa ser uma doença adquirida durante a vida, provocada por lesões no útero, como, por exemplo, uma incisão cirúrgica da cesariana.
Sabe-se que há influência dos hormônios femininos na formação da adenomiose. O maior tempo de exposição aos hormônios femininos explica o porquê da maior ocorrência desta doença em mulheres ao redor dos 40 anos. Pelo mesmo motivo, os sintomas da adenomiose costumam piorar com o passar dos anos, mas depois melhoram na menopausa.
Além da idade, outros fatores parecem colaborar com o aparecimento da adenomiose, tais como ter tido mais de uma gravidez durante a vida, primeira menstruação (menarca) precoce e ciclos menstruais curtos.
Estima-se que até 20% das mulheres tenham adenomiose. Porém, a verdadeira incidência pode ser bem mais alta, uma vez que muitas mulheres são assintomáticas e o diagnóstico da adenomiose só pode ser feito com certeza através de cuidadosa avaliação histopatológica de todo útero, o que só é possível caso a mulher seja submetida a uma histerectomia (retirada cirúrgica do útero).
SINTOMAS
Cerca de 1/3 das mulheres com adenomiose não apresenta sintoma algum. Nos 2/3 que desenvolvem sintomas, os principais são grande fluxo menstrual e cólicas intensas. Dor durante o ato sexual e sangramentos fora do período menstrual são outros sintomas comuns.
Se houver presença de tecido endometrial de forma difusa pelo miométrio, o útero pode aumentar de tamanho, chegando a ter o volume semelhante ao de uma gravidez de 11 ou 12 semanas. Dor e uma pequena distensão da região inferior do abdômen são sintomas possíveis. Quando a adenomiose é localizada, o tecido endometrial pode formar nódulos, tornando-se parecido com um mioma.
Adenomiose e gravidez
Apesar de ainda não ser um dado totalmente comprovado, acredita-se que a adenomiose esteja relacionada a um maior risco de infertilidade. Isso não significa, porém, que mulheres com adenomiose não possam engravidar.
O maior risco de abortamento ou de parto prematuro nas gestantes com adenomiose também é um tema ainda controverso, havendo discordância de opinião entre os especialistas.
DIAGNÓSTICO
Em mulheres sem sintomas e sem aumento do volume uterino, o diagnóstico com absoluta certeza só pode ser feito através da avaliação do útero após uma histerectomia. Por outro lado, nas mulheres com cólicas e fluxos menstruais intensos, associados a um útero de tamanho aumentado, exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância magnética da pelve, podem ajudar a estabelecer o diagnóstico.
TRATAMENTO
O único tratamento 100% eficaz para a adenomiose é a remoção cirúrgica do útero (histerectomia). Como os sintomas costumam se agravar somente após os 40-45 anos de idade, e desaparecem após a menopausa, a maioria das mulheres acaba não precisando recorrer a um tratamento tão radical.
A instituição de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e da pílula anticoncepcional para controlar a liberação de hormônios durante o ciclo menstrual costuma provocar alívio dos sintomas em grande parte das pacientes. Uso contínuo de anticoncepcionais de forma a suspender a menstruação ou uso de DIU Mirena são opções válidas para algumas pacientes.
Outros medicamentos que podem ser usados no tratamento da adenomiose são:
Análogos da GnRH (Zoladex®, Lupron depot®, Lorelim depot®).
Danazol (Ladogal®).
Dienogeste (Allurene®, Dine®, Allurax®, Visabelle®, Kalist® e Pietra ED®).
Carbegolina (Dostinex®).
A maioria dos medicamentos listados acima tem boa resposta, mas não são para uso prolongado.
Se a paciente ainda estiver longe da menopausa, já tiver filhos e não desejar ter outros, e não conseguir controlar os sintomas da adenomiose, a histerectomia é uma alternativa que deve ser considerada.
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